Discursando em 30 de outubro na Catedral de São Nicolas em Friburgo, Suíça, durante um dia de oração pelos católicos perseguidos, o cardeal Antonios Naguib, patriarca católico copta de Alexandria, disse que a relação entre muçulmanos e católicos que foi reforçada no período logo após a revolução havia deteriorado.

“Hoje, fundamentalistas islâmicos saíram do esconderijo e estão acontecendo ataques recorrentes a cristãos,” relatou o cardeal Naguib.

Os ataques deixaram dúzias de mortos e “criou um abismo entre muçulmanos e cristãos, que está aumentando continuamente sob a influência de líderes fanáticos,” disse ele durante o evento organizado pela instituição católica beneficente Aid to the Church in Need (Ajuda para a Igreja Necessitada).

O cardeal declarou que a unidade que existia durante a revolução, quando cristãos e muçulmanos foram vistos orando juntos em igrejas e mesquitas pela paz e pelo retorno da ordem, virtualmente acabou.

“Cristãos no Egito estão experimentando o pior período em séculos – a mídia egípcia está tentando encobrir os ataques, para que a mídia internacional não forneça informação sobre a real situação e não haja pressão do exterior,” disse ele à agência de notícias.