Pr. Luciano Estevam Gomes: FALEM BEM OU FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM

Este é um jargão bem conhecido, mas é um dos mais mentirosos que existe. Detestamos que as pessoas falem mal de nós. Ficamos tristes, abatidos e desanimados, quando não zangados em saber que alguém falou mal de nossas atitudes ou palavras. Por outro lado, nos alegramos, mesmo estando longe, quando sabemos que o nosso nome foi comentado de forma positiva em algum lugar ou situação. Estas duas facetas do dia a dia demonstram claramente que uma delas é do lado do mal e a outra do bem. A primeira produz um sentimento de tristeza e angústia. Quem é atingido por ela nem sempre absorve com facilidade o seu poder destruidor, chegando ao ponto de não dormir direito, remoendo durante toda a noite aquele fato. A segunda produz alegria e felicidade, sendo capaz de levantar nossa auto-estima ou de mantê-la num nível satisfatório. Com isso, fica mais claro saber qual o tipo de atitude que pertence ao diabo e a Deus. A Bíblia trata deste assunto de forma bem pontual. O apóstolo Pedro diz que devemos nos livrar deste tipo de atitude maldosa, referindo-se, é óbvio, à “fofoca” - “Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência” (I Pe. 2:1). Quando Pedro diz sobre livrar-se, dá a entender claramente da coisa terrível que é alguém falar mal de outra pessoa. Não há como tolerar uma pessoa “fofoqueira” sem lhe advertir sobre o mal que ela está provocando. O difamador é alguém que o diabo usa para quebrar amizades, destruir lares e trazer confusão: “O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos” (Pv. 16: 28). O melhor remédio para quem se envolve com conversas malignas, ou
seja, boatos que destroem a vida alheia, é abandonar imediatamente esta prática - “Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar” (Cl. 3: 8). É interessante notar que a pessoa maledicente é perspicaz.

Começa uma conversa como quem não quer nada e, pouco a pouco, vai mostrando a que veio. Uma forma de perceber a intenção de alguém é saber se ela está fazendo um comentário bondoso a respeito de outro, mesmo em sua ausência - “O Senhor detesta os pensamentos dos maus, mas se agrada de palavras ditas sem maldade” (Pv. 15: 26). Se for uma pessoa invejosa ela estará preocupada em destruir tudo de bom que os outros pensem a respeito de alguém que quer destruir. Na maioria das vezes a inveja é a responsável pela produção da fofoca, sendo o diabo o seu próprio articulador - “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos” (Pv. 14: 30). A pessoa fofoqueira é doente, seus ossos estão apodrecidos, não só os ossos, mas a língua e a mente. Entretanto, a grande novidade disso tudo é que há solução para este tipo de doença, quer seja espiritual, moral ou emocional: JESUS CRISTO! Reforce sua atenção. Quando for conversar sobre alguém, quer seja da igreja ou não, redobre sua vigilância para não apontar os defeitos e erros que ela cometeu. Caso não encontre alguma virtude naquela pessoa, desvie a conversa para outro assunto, mesmo que a pessoa com a qual esteja conversando seja de sua plena confiança. Lembre-se da Palavra de Deus - “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal” (Pv. 13: 20). Caso não se contenha, siga os passos da Palavra de Deus para resolver a questão - “Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão” (Mt. 18: 15). Não vale a pena fazermos as coisas do nosso jeito. Todos nós temos defeitos e somos falhos, mas ninguém está impedido de voltar atrás e acertar, seguindo os conselhos da Palavra de Deus.

Luciano Estevam Gomes

Pastor da Primeira Igreja Batista em Aracruz

Pedagogo, Orientador Educacional, Supervisor Pedagógico

Mestre em Ciências Sociais