Quando se trata de sucesso, William Douglas é um dos autores mais procurados. Depois de ser reprovado repetidas vezes em concursos públicos, ranqueou diversas provas, se tornou mestre no assunto e conquistou o cargo de juiz da 4ª Vara Federal de Niterói, no Rio de Janeiro.
Enquanto muitos confundem o conceito de sucesso, William esclarece que há uma diferença entre o termo na visão secular e bíblica. "No mundo, o sucesso tem muito a ver com uma realização para você, enquanto na Bíblia é uma realização para os outros", ele esclareceu em entrevista exclusiva ao Guiame durante o lançamento da Nova Versão Transformadora, pela Editora Mundo Cristão.
Enquanto o sucesso está relacionado a teologia da prosperidade, a teologia da miséria apresenta um outro extremo. No entanto, William ressalta que é preciso ter uma visão equilibrada em relação ao dinheiro.
"A Bíblia fala que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males — mas é o amor ao dinheiro, não o dinheiro em si", pontua. "O crescimento, quando vem, proporciona muita coisa boa. Quantas pessoas têm dinheiro e conseguem ajudar missões e os necessitados? O que a gente não pode é adquirir a ideia de que alguém só é abençoado se tiver dinheiro ou que alguém que é pobre está amaldiçoado. A gente tem que colocar isso sem santificar nem demonizar o dinheiro".
William também esclarece que é possível investir uma vida ministerial no mundo corporativo. "Normalmente, as pessoas acham que só vão estar se dedicando a vida cristã se viverem na igreja o tempo todo, se forem para o campo missionário, se tornarem pastores ou ministros de louvor. Esse é um dos maiores erros que a gente comete", disse ele.
"Quanto mais eu for um bom juiz federal, escritor ou palestrante, isso é um ministério também e mais eu vou estar dando projeção ao que diz Mateus 5:16: 'Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus'", acrescenta. "A gente precisa entender que a vida secular também precisa ter espiritualidade, a gente não pode separar a espiritualidade do cotidiano".
William Douglas durante entrevista ao Guiame. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)
Embora os cristãos possam tornar sua vida profissional em um campo missionário, William acredita que, muitas vezes, eles podem encarar algumas limitações. "Um cristão não vai participar de algumas coisas, ele vai ser mais cuidadoso. Talvez isso cause algum tipo de reação negativa. Mas se ele é uma pessoa correta, simpática, que ajuda os outros, se é um praticante dos Dez Mandamentos, ele vai ser alguém respeitado. De um modo geral, quando você pratica a Bíblia há uma resistência, mas essa resistência é compensada pela admiração que o seu comportamento diferenciado traz", afirma.
"Eu acredito que, algumas vezes, o cristão vai ser discriminado e vai andar mais devagar, porque ele vai se recusar a algumas coisas, mas em compensação ele vai ter a ajuda de Deus e contar com os valores cristãos que, de um modo geral, são coisas que o mercado admira. Talvez ele seja menos agressivo, menos competitivo, mas nem por isso o cristão vai ser menos competente, menos capaz", avalia William. "Se a pessoa tem um comportamento bíblico, com certeza ela é alguém diferenciada no mercado de trabalho".
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