São raríssimos os profissionais de arqueologia bíblica no Brasil. Um dos poucos que se dedica a esse tipo de estudo é Rodrigo Silva, diretor do Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), no município de Engenheiro Coelho (SP).
Segundo o especialista, as pesquisas científicas sobre as histórias bíblicas atestam o caráter não-ficcional das Escrituras Sagradas, muitas vezes relegado. Para ele, a Bíblia é um documento valioso para o estudo acadêmico.
Autor do livro “Escavando a Verdade: a Arqueologia e as Incríveis Histórias da Bíblia”, ele já encontrou indícios históricos do êxodo hebraico, da conquista de Canaã, da queda das muralhas de Jericó, dos reis de Israel, do cativeiro babilônico, entre outros. Rodrigo diz que também há valiosas provas arqueológicas da destruição de Sodoma e Gomorra.
No entanto, ele acha que ainda é prematuro atribuir o episódio narrado pelo astrônomo de 700 a.C. ao cataclismo das cidades bíblicas.
“A arqueologia prova que as Escrituras Sagradas não são um livro de fantasias e que vale a pena estudá-las, mas é preciso ter critério antes de relacionar um artefato a algum acontecimento do passado.”
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