Tonio trabalhava na Líbia há dois anos quando, em 2011, por conta da guerra civil que irrompeu no país, ele precisou regressar às Filipinas. Assim que o governo filipino decidiu que era seguro para seus trabalhadores voltarem para o território norte-africano, em 2013, Tonio retornou para seu trabalho de obras. Foi a última vez que sua família o viu com vida.
“Ele estava economizando para construir uma casa para nós”, disse Judielle, a filha de Tonio, de 15 anos, à Portas Abertas. Ela permanece ao lado do caixão do pai antes dos visitantes chegarem. É 4 de setembro, o quinto dia do luto de seu pai.
“Levou 47 dias para trazermos o corpo de Tonio da Líbia”, disse a viúva, Maribel. Ela se reclina na porta, ouvindo a conversa dos colaboradores da Portas Abertas com Judielle. “Eles nos prometeram trazê-lo com dignidade, mas, quando abrimos o caixão, o que vimos foi indescritível...”.
“Começou com um caso de inveja”, prossegue Maribel. “Tonio tinha um colega que era invejoso de como seu chefe o tratava. Isso pode ter sido a causa dele ter sido escolhido”.
Maribel diz que tudo o que podem fazer é especular. Mas ela tem certeza disso: Antonio foi morto por sua fé.
Como tudo aconteceu
Em 15 de julho, Tonio e dois colegas de trabalho, um líbio e um iemenita, foram enviados para coletar material de construção em Benghazi. Eles estavam indo em uma van, quando o motorista desviou o trajeto para uma zona de conflito ocupada por rebeldes.
Homens mascarados pararam a van. O motorista permaneceu em seu assento enquanto Tonio e seus colegas foram forçados a sair. Os rebeldes perguntaram qual era a religião de cada um. O líbio e o iemenita disseram que eram muçulmanos. Tonio, mesmo sabendo que estava à beira da morte, disse: “Eu sou cristão”.
Os colegas de Tonio foram levados de volta para a van. O motorista, que estava esperando, levou os dois. Maribel conta: “Disseram-me que Tonio teve que dizer que era cristão várias vezes enquanto eles cortavam sua boca. Fizeram-no ajoelhar e o agrediram ainda mais com uma faca.”
O ministério de presença da Portas Abertas
Ao ouvir a história de como o marido de Maribel foi assassinado, os representantes da Portas Abertas que a haviam visitado oraram por ela com imposição de mãos, pedindo ao Senhor para que a console, que sua paz seja restaurada e, entre soluços, para que sua sede de justiça seja saciada por aquele que opera retidão.
Antonio Espares é apenas um dos milhões de filipinos que trabalham no exterior. Para o mundo, ele é conhecido como a primeira decapitação da Líbia. Para Maribel e Judielle, ele é o marido e pai que nunca terá a oportunidade de mostrá-las a casa que prometera construir.
Pedidos de oração
Ore para que o Senhor fortaleça, cure e console aqueles a quem Tonio deixou. Além de Maribel, ele deixou oito filhos; o mais velho está na faculdade enquanto o mais novo tem apenas um ano.
Peça por provisão financeira para Maribel e sua família. Devido à instabilidade na Líbia, Tonio não conseguiu enviar seu salário para casa por três meses antes de sua morte.
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